Nascida no seio de uma família de actores, Eunice Muñoz estreou-se em 1941, na peça Vendaval, de Virgínia Vitorino, com a Companhia Rey Colaço/ Robles Monteiro, sediada no Teatro Nacional D. Maria II.
Sendo uma novata na área da representação originou logo um espanto ao espectador.

Em 1943 - contracena com Palmira Bastos em Riquezas da Sua Avó, uma comédia espanhola aportuguesada por Ascenção Barbosa, José Galhardo e Alberto Barbosa, ao que se segue, no ano seguinte, Labirinto, de Manuel Pressler.
No Verão desse ano protagoniza a opereta João Ratão, ao lado de Estêvão Amarante. Continuou a coleccionar sucessos, ao lado de Maria Lalande e Irene Isidro (Raparigas Modernas, de Leandro Torrado), sendo ainda dirigida por Maria Matos em A Portuguesa, de Carlos Vale. Já aluna do Conservatório Nacional de Teatro celebriza-se em A Casta Susana, de Georg Okonkowikski.
Termina o Conservatório, com 18 valores.
Populariza-se no palco do Teatro Variedades, com Vasco Santana e Mirita Casimiro na peça Chuva de Filhos, de Margaret Mayo.
Em 1946 – estreia-se no cinema, aparecendo no filme de Leitão de Barros, Camões.
Por esta interpretação, Eunice ganha o prémio do SNI - Secretariado Nacional de Informação, para a melhor actriz cinematográfica do ano.
Um Homem do Ribatejo (1946), de Henrique Campos e Os Vizinhos do Rés-do-Chão (1947), de Alejandro Perla, são os trabalhos que se seguem.
Em 1947 - ingressa na Companhia de Comediantes Rafael de Oliveira, onde é dirigida por Ribeirinho.

Seguidamente Espada de Fogo, de Carlos Selvagem, encenado por Palmira Bastos, é um êxito.
Mais tarde trabalha novamente no cinema, protagonizando A Morgadinha dos Canaviais, de Caetano Bonucci e Amadeu Ferrari (1949), adaptado do romance homónimo de Júlio Dinis. Participa ainda num filme de Henrique Campos.
Volta aos palcos em 1950, com a comédia Ninotchka, de Melchior Lengyel, contracenando com Igrejas Caeiro, Maria Matos e Vasco Santana.
Em 1951 - ingressa na Companhia do Teatro Ginásio, dirigida por António Pedro.
Dessa época salienta A Loja da Esquina, de Edward Percy.
Passa pelo Teatro da Trindade e retira-se por quatro anos da actividade teatral, para exclamação dos jornais, dos críticos e do público.

Em 1957 - depois da peça A Desconhecida, de Pirandello ingressa juntamente com Maria Lalande, Isabel de Castro, Maria José, Ruy de Carvalho, Fernando Curado Ribeiro e Fernando Gusmão no Teatro Nacional Popular, sob a direcção de Ribeirinho, onde interpreta Shakespeare (Noite de Reis), Júlio Dantas (Um Serão Nas Laranjeiras) e Luiz Francisco Rebello (Pássaros das Asas Cortadas), entre outros autores.
Já nos anos 60, passa para a comédia na Companhia de Teatro Alegre, ao Parque Mayer, ao lado de nomes como António Silva ou Henrique Santana.
No Teatro Monumental fez O Milagre de Anna Sullivan, de William Gibson (Prémio de Melhor Actriz do SNI ex-aequo com Laura Alves - 1963).
Aparece então com regularidade na televisão, em peças repetidas por desejo expresso do público, como O Pomar das Cerejeiras, de Anton Tchekov; A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho; Recompensa, de Ramada Curto; Os Anjos Não Dormem, de Armando Vieira Pinto; ou séries, como Cenas da Vida de Uma Actriz, doze episódios de Costa Ferreira, ao lado de sua mãe, Mimi Muñoz.
Regressa à comédia, contracenando com Virgílio Teixeira e Igrejas Caeiro em Candidinho.
Em 1965 - Raúl Solnado funda a Companhia Portuguesa de Comediantes (CPC), no recém inaugurado Teatro Villaret.
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Eunice recebe o maior salário, até aqui nunca pago a uma actriz dramática: 30 contos mensais.
A peça de estreia é O Homem Que Fazia Chover, de Richard Nash, encenado por Alain Oulman.
Seguiram-se interpretações de Tennessee Williams e Bernardo Santareno.
Regressa ao Teatro Variedades e ao Teatro Experimental de Cascais até fundar, em 1970, com José de Castro a Companhia Somos Dois, com a qual faz uma longa tournée por Angola e Moçambique, dirigida por Francisco Russo em Dois Num Baloiço, de William Gibson.
Estreia-se na encenação com A Voz Humana, de Jean Cocteau.
Em 1971 - volta ao palco do Nacional (Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro), ao lado de João Perry para fazer O Duelo, de Bernardo Santareno.
No mesmo ano integra uma nova formação artística no Teatro São Luiz onde interpreta José Régio.
Com a proibição pela censura, a poucas horas da estreia, de A Mãe, de Stanislaw Wiktiewicz, em que Eunice era a protagonista, o director da companhia, Luiz Francisco Rebello, demite-se e cessa a actividade desse conjunto prometedor.
Dedica-se, então, à divulgação de poetas que ama, quer em disco, quer em recitais, dando voz a Florbela Espanca ou António Nobre, voltando ao teatro para interpretar As Criadas, Jean Genet, juntamente com Glicínia Quartin e Lurdes Norberto, na encenação do argentino Victor Garcia. Integrada no Teatro Experimental de Cascais faz uma longa tournée por África, onde se contam espectáculos como A Maluquinha de Arroios, de André Brun.
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Aparecera também em vários filmes, tendo uma interpretação antológica, em Manhã Submersa, de Lauro António (1980) e Tempos Difíceis, de João Botelho (1987). Estreia-se em telenovelas com A Banqueira do Povo, de Walter Avancini (1993).
Em 1991 - celebram-se os seus 50 anos de Teatro, com uma exposição no Museu Nacional do Teatro, sendo Eunice condecorada, em cena aberta, no palco do Teatro Nacional, pelo Presidente da República, Mário Soares, quando envocava, de forma magistral, a figura de Estêvão Amarante, na revista-homenagem , de Filipe La Féria.
A Maçon (1997), escrito pela romancista Lídia Jorge propositadamente para Eunice e A Casa do Lago (2001), de Ernest Thompson, encenado por La Féria são duas das suas mais recentes participações nos palcos.
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Em 2006 - representou pela primeira vez na casa a que deu nome, o Auditório Municipal Eunice Muñoz, em Oeiras, com a peça Miss Daisy, encenada por Celso Cleto.
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Neste mesmo ano protagoniza a personagem de “Rosário” na telenovela “Olhos Nos Olhos”.

grande actris e mais não digo!!!
ResponderEliminarbue interessante
ResponderEliminar:P
:)
pila
ResponderEliminare peido também
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